Muito bem, conte-me um pouco sobre como se conheceram e como decidiram fundar o Scars From The Last Fight.
Diego Camargo: Em 2010, Anderson, Diogo e Gabriel, realizaram reuniões para discutir sobre a formação de um projeto. No final do mesmo ano, convidaram Emerson Oliveira, baixista da banda Vheda, para entrar na Scars, neste momento, definindo sua primeira formação.
Diogo Serra deixou o projeto em 2013, a Scars From The Last Fight passou por mudanças em sua formação, foram realizadas audições e reuniões onde Matheus Lorenzetti e eu fomos selecionados. Matheus e eu já nos conhecíamos, obtivemos o primeiro contato com Gabriel, Anderson e Emerson durante as audições.
A decisão de nomear a banda com o nome de Scars From The Last Fight tem algum significado em especial para vocês?
Diego Camargo: O nome Scars From The Last Fight reflete às memórias de acontecimentos na vida de todos, sendo positivas ou negativas, todos nós lutamos e temos marcas do passado que refletem em nosso presente.
Quais as principais influencias da banda?
Emerson Oliveira: Como influência, temos bandas de épocas diferentes, desde clássicas como Motorhead, Pantera, Iron Maiden, Sepultura, Metallica e Slayer, como as mais modernas Disturbed, Lamb of God, Killswitch Engage, Freak Kitchen e Trivium.
Como foi para vocês ter o primeiro single "Screenplay" lançado por uma gravadora norte americana? Que portas se abriram com este single?
Emerson Oliveira: Ficamos bem felizes, pois mostrou que nossa dedicação e trabalho com a banda foram reconhecidos no exterior, algo que sempre almejamos. A repercussão foi a melhor possível, nos deu a primeira visibilidade internacional.
Bom, vamos falar do novo álbum “Scars From The Last Fight”, como foi o processo de composição, gravação e divulgação desse trabalho?
Diego Camargo: Durante as composições tendemos a observar as distintas personalidades e atitudes humanas de acordo com a realidade contemporânea relacionando com os principais movimentos históricos. Buscamos transmitir essas ideias tanto no campo instrumental, quanto nas letras das canções.
A gravação foi dividida em duas etapas na captação do áudio, a primeira sendo feita no estúdio E-Brasil, com o engenheiro de som Edgar Smidt, e o restante no estúdio da própria banda, sob a produção de Emerson Oliveira e banda.
Fale um pouco sobre cada faixa desse álbum.
Diego Camargo: Cada faixa foi meticulosamente planejada e analisada para expressarmos a ideologia desejada. Na faixa “Relentless Reaper”, inspirada em Litierces, o Ceifador de Homens, exploramos o estado de natureza humano, vinculando com instintos primitivos, a caça pela sobrevivência sem pudor algum. Em “Bolshevik”, buscamos contar os horrores de um campo de batalha evidenciando a Revolução Russa e o fim da Primeira Guerra Mundial. A terceira faixa do álbum, Spider, transmite a busca pela vitória, a demonstração da força de vontade não importando os obstáculos. Fizemos a música também como forma de homenagem a Anderson ‘The Spider’ Silva. Em “Gates of Lust”, abordamos como tema a luxúria de um homem mediante à sensação de poder, a riqueza potencializando a prepotência gerando descaso em seu relacionamento íntimo. Em “Moth-Eaten”, evidenciamos a cultura egípcia e a visão do homem moderno criticamente, sobre a importância do meio natural, um duelo de valores entre passado, presente e futuro. “Sinking Alone” aborda um momento de crise em que nos vemos acorrentados pela depressão profunda, em total desespero, sem conseguir refletir sobre solução alguma. Em paralelo, causando contraste com a música anterior, “Trusting in Fate” é uma música que transmite confiança, acreditar em um destino promissor, lutar pelos seus sonhos. Seguidamente encontramos a faixa “Sons of Midas”, primeira composição a mostrar a nova cara da banda, lançamos um single com está faixa que foi totalmente regravada para o CD. Midas, rei da Frígia, personagem da mitologia grega, faz referência a ganancia desenfreada, temática explorada na letra da canção. A música “Relentless Reaper” faz conexão à história de Midas, sendo esta inspirada na história de seu filho. “Walking Dead” retrata os valores morais sendo colocados em questionamento, relacionando com a renomada série de TV e HQ ‘The Walking Dead’, decidimos interrogar na música quem são os verdadeiros monstros. Finalizando o álbum temos “Wise Man”,
ambientada na Idade das Trevas, medievo, colocando em pauta a
valorização do campo das ideias mediante a força física, a
intelectualidade e o raciocínio lógico sobressaindo como arquétipos de
domínio social.
O álbum já esta disponível para o público? Como pode ser adquirido?
Emerson Oliveira: O trabalho da banda pode ser encontrado inteiramente no site oficial, disponibilizado ao público com download gratuito, basta acessar www.scarsfromthelastfight.com .
Vamos falar sobre a expectativa de vocês, como está sendo o lançamento desse álbum? Qual a expectativa esperada?
Emerson Oliveira: Ficamos
muito contentes. Superamos as expectativas almejadas em nosso plano de
marketing. Os resultados estão realmente nos surpreendendo, abrindo-nos
muitas portas novas.
Mais uma vez muito obrigado por aceitar este convite. Gostaria de deixar uma mensagem aos nossos internautas que nos acompanham?
Diego Camargo: Agradecemos ao Universo Metal pelo espaço cedido, gostaríamos de convidar a todos para escutarem o primeiro álbum da banda, que está disponível gratuitamente em nosso site oficial. Um grande abraço a todos e nos vemos na estrada.
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